Metam uma velinha em Fátima por mim! #3
2 anos, 8 meses e 4 dias depois disse o meu primeiro "Não é já vou, é já!"
Ninguém me avisou que eu ia ficar parecida com a minha mãe tão cedo
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2 anos, 8 meses e 4 dias depois disse o meu primeiro "Não é já vou, é já!"
Ninguém me avisou que eu ia ficar parecida com a minha mãe tão cedo
Na quinta feira, depois de dormir quase uma noite toda destapada (é quase impossível aquela rapariga dormir uma noite inteira sem se destapar), a herdeira acorda com o nariz entupido. Flor de estufa!
Ao voltar da escola, para além do nariz entupido, vinha com tosse.
Começamos logo a atacar com as gotas que o pediatra lhe tinha receitado da ultima vez mas mesmo assim na sexta feira não estava melhor.
- A Leonor tem tosse e muita expectoração. Consequência das alterações do tempo... - disse eu ao deixa-la na creche.
- E febre?!
- Não, febre não teve até agora. Estive a controlar a noite toda e até agora nada.
- Ok. Mas já sabe que se tiver febre tem que vir busca-la imediatamente!
- Claro que sim, se acontecer alguma coisa avisem-me que eu venho logo.
Não passou de tosse e expectoração. Durante todo o fim de semana...
No domingo à noite a acrescer a isso, teve uma crise de cólicas. Uma crise como nunca a tinha visto ter. Que se prolongou noite a dentro e só acalmou quando chegamos ás urgências.
Às 5h da manhã, depois de uma noite em claro, estava eu completamente sozinha na sala de espera da pediatria do hospital com a Leonor, bastante mais calma, quase a adormecer no meu colo.
Quando finalmente fui chamada para a Leonor ser vista, chegamos à conclusão que fosse o que fosse que lhe tinha acontecido - ainda temos duvidas se foi só cólicas ou havia mais alguma coisa a incomoda-la - já tinha passado pelo caminho. Passou de tal forma que o carro ainda não estava a trabalhar para voltarmos para casa e ela já estava a dormir ferradissima.
Escusado será dizer que assim que nós chegamos à cama, caímos redondos também e não houve loja para ninguém nessa manhã. Obriguei-me a abrir os olhos apenas para ligar para a creche para avisar que ela não iria nesse dia.
Esta noite, pensei eu que poderia finalmente ter uma noite tranquila. E pude, até às 3:30h...
A essa hora acorda ela a chorar agarrada ao ouvido e todo um novo drama de dor começou. Até dar a medicação e tirar a febre foi a "ferros" com muita negociação à mistura.
E mesmo com a medicação ela não acalmou completamente. Ainda não tinha feito 4h de medicação e já estava ela a rebolar na cama com dores.
Assim que nos levantamos, liguei novamente para a escola a avisar que as cólicas tinham passado mas agora outra dor tinha aparecido:
- Oh querida, a Leonor hoje não vai novamente.
- Então, as cólicas voltaram?
- Não, hoje tem estado a chorar com dores de ouvidos.
- Oh mãe, não se preocupe. Isso são alterações do clima. Ora faz calor, ora faz frio e eles são os primeiros a sentir. Pode ficar descansada que não é Codiv!
WHAT?!
- Sim, Codiv sei que não é que isto não faz parte dos sintomas anunciados. Mas alguma coisa será e ela com dores não consegue ir para ai...
Opa, andamos todos doidos com isto do Covid que nos esquecemos que há mais doenças a circular em simultâneo?
- Olha, ela quer café...
- Não quer nada. Ela nem sabe o que isso é. Só está a pedir porque está a vê-la beber.
- Mas eu vou dar-lhe a colher para ela provar.
- Não vai nada!
- Porquê? É só a colher molhada...
- Porque ela tem 17 meses e eu digo que não!
- Então e um bocadinho do bolo?
- Não!
- Porquê? Coitadinha, ela está a pedir...
- Ela já comeu! E isso tem chocolate!
- E que mal tem...?
Alguém me explica qual é a dificuldade desta gente aceitar um não? Principalmente quando esse não vem de um dos pais? Será que acham mesmo que há alguém melhor para decidir o que a herdeira pode ou não comer e/ou beber, sem sermos nós?
E à 3 semanas que eu não durmo mais que 2h seguidas...
Digam-me que isto vai melhorar. Mesmo que seja mentira. Eu preciso de ouvir ler que vai melhorar.