Perguntas dificeis
11-09-2017
Uma cliente entra com o filho de 5/6 anos. Ele trazia com ele um arco e flechas para brincar. No entanto, como típico rapaz, achava piada era atirar as flechas para todo o lado sem ter consciência se poderia estragar ou magoar alguém. Às tantas, a mãe já sem saber como o manter quieto, disse-lhe:
- Sabes, a Sra tem um bebé na barriga.
O menino teve uma reação impagável! Quase que parecia um emoji. Olhos muito abertos, sobrancelhas arqueadas e boca escancarada.
- Ai o que você lhe foi dizer. - disse eu para a mãe.
- Não se preocupe. Ele gosta muito de bebés.
Mas o menino não tirava aquela cara de espanto.
Até que ele abriu a boca e eu fiquei com pena de não se ter mantido como nos minutos anteriores.
- Como é que foi ai parar? - perguntou o menino.
Não contive o riso e olhei para a mãe. Não fosse ela já lhe ter contado alguma coisa e se eu lhe dissesse outra coisa qualquer - embora nem saiba bem o quê - pudesse baralha-lo.
- A mãe já te explicou como se fazem bebés. Não te lembras?
Nem perguntei o que ela lhe tinha dito mas depois fiquei com pena. É certo que a herdeira ainda nem sequer nasceu - coitadinha, ainda nem sequer a sinto na barriga e eu já penso na fase dos porquês - mas esta é uma das respostas para a qual eu não tenho uma resposta "bonita" mas verdadeira para lhe dar.
O que vocês disseram aos vossos? As histórias da cegonha ou da sementinha ainda são validas ou há formas melhores de abordar o assunto?