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The Cherry

27
Out18

Aqui me confesso #44

Vocês ajudem-me a perceber uma coisa: Sou eu que sou uma mãe muito descontraída ou as outras mães de primeira viagem é que são zelosas demais?

 

Ora bem, tinha a Leonor um mês, salvo erro, quando fui a uma consulta de rotina no centro de saúde. Estávamos em pleno inverno, por isso ela ia dentro do ovinho toda embrulhada em roupa e numa manta. Por azar, uma ponta dessa manta estava a tocar no chão. Eu nem tinha reparado mas, felizmente, como neste mundo há muitas pessoas com "mil olhos" e que vêm tudo o que se passa à volta delas, uma Sra tocou-me no ombro:

 

- A manta da sua filha está a tocar no chão.

 

Eu olhei, constatei que a Sra tinha razão mas não fiz nada. Afinal era apenas uma ponta da manta que estava a tocar no chão. Ninguém a tinha pisado. Ninguém a tinha arrastado pelo chão. E eu não tinha colocado essa ponta em contacto directo com a menina. Nada de mal tinha acontecido. A ponta da manta estava apenas em contacto com o chão. Posto isso, na minha santa ingenuidade, virei-me para a Sra e disse apenas e só "Pois está.".

A Sra ficou muito indignada com a minha descontracção, como se eu estivesse a dizer que ia esfregar aquela ponta no chão e depois a iria enfiar na boca da criança. Ficou de tal forma aflita que me respondeu:

 

- Sabe que a sua filha é bebé? - Não deveria saber? Afinal fui eu que a tive!  - Ela não tem defesas! E a manta dela está no chão!

 

Nisto a Leonor acordou e eu deixar de dar atenção ao "escândalo" da Sra para dar atenção à minha filha. 

Depois, quando cheguei a casa, acabei por pôr a manta para lavar. Apenas por descargo de consciência, porque continuava a achar que aquilo tinha sido uma tempestade num copo de água.

 

 

Aqui à dias relembrei essa situação, quando fomos ao IKEA. Estávamos na parte da restauração quando na mesa em frente se sentou um casal e a mãe da rapariga. Com eles traziam um carrinho de bebé com um menino com cerca de um mês de idade, sensivelmente.

Assim que a rapariga constatou que a mãe dela estava devidamente bem sentada para poder segurar a criança no colo, colocou-lhe uma fralda de pano no ombro, uma manta nas mãos e, finalmente, o menino nos braços.

Visivelmente era o primeiro filho - e neto - daquela família. Por isso a mãe estava com todos os cuidados e mais alguns e a avó estava com toda a vontade e desejo de pegar no netinho ao colo.

Com tanto mexe e remexe, a fralda de pano caiu no chão. Mais uma vez ninguém a pisou, ninguém a arrastou pelo chão. Nada. A fralda simplesmente caiu no chão.

E aqui deu-se o maior escândalo que eu tinha visto por causa de uma fralda de pano:

 

- Mãe, deixaste a fralda cair!

- Caiu? Oh, nem dei por nada, dá cá que eu volto a coloca-la no ombro!

- Esta? Nem penses! Caiu no chão, não ouviste?!

- Que mal tem?

- Nem te vou responder! Espera que eu dou-te outra! Mas não a deixes cair no chão também porque eu não tenho mais nenhuma!

 

 

Agora pergunto eu: sou assim tão irresponsável - como aquela avó - por pensar que não haveria problema com a manta estar a tocar no chão - ou a fralda ter caído? Ou estas mães de hoje em dia andam com excesso de cuidados?  Eu bem sei que o chão é pisado por milhentas pessoas e que os sapatos trazem lixo e germes e sei lá mais o quê. No entanto pecar por excesso de cuidados não fará termos crianças sem defesas por mais tempo que o normal? 

27
Out18

Isto há com cada um #64

Ao sábado a Leonor vem connosco para a loja. Não há escolinha e, infelizmente, não tenho ninguém perto - e de confiança - que possa ficar com ela. No entanto como é só de manhã e ela passa a maior parte do tempo a dormir, não tem havido problemas.

 

Hoje está ela aqui comigo como é habitual. Completamente enrolada em roupa e mantas porque está um frio que não lembra a ninguém. E estava a dormir.

 

Estava! Porque entrou uma cliente aos gritos aqui na loja - como se estivesse a vender peixe na praça - que a acordou.

 

- Não se importa de falar um bocadinho mais baixinho? A minha filha está a dormir...

- AH! TENS AI A TUA FILHA? AGORA PERCEBO O PORQUÊ DESTA LOJA!

 

Nem lhe respondi porque a cliente não baixou o tom e, precisamente por causa disso a Leonor acordou e começou a choramingar.

 

- Precisa de ajuda? - dizia eu enquanto estava a tentar acalmar a herdeira

- NÃO, VENHO SÓ VER! AGORA ATÉ TENHO UM BEBÉ LÁ EM CASA TAMBÉM, POR ISSO VINHA VER O QUE VOCÊS TÊM.

 

(A sério que tem? Então não aprendeu ainda o conceito de falar mais baixo quando o bebé dorme?)

 

Eu continuo a tentar acalmar a Leonor para ver se ela volta a dormir quando a cliente enfia a cabeça dela dentro do ovinho onde a Leonor está.

 

- OLÁ BEBÉ! BOM DIA! JÁ ACORDASTE?!

- Já mas ainda vai dormir mais um bocadinho porque não dormiu tudo! - disse eu na esperança que a cliente tirasse a cabeça e me deixasse adormecer a menina.

- AINDA TENS SONHINHO, BEBÉ? OLHA, TU É QUE ESTÁS BEM! ESTÁ MUITO FRIO CÁ FORA!

 

E ao dizer isto tenta puxar para trás a parte de cima do ovinho para conseguir ver ainda melhor a criança. Por sorte, quando a menina está a dormir, eu deixou sempre essa parte trancada - manias, não perguntem! -  e não cedeu.

 

- ÉS TÃO BONITA! VAI DORMIR, PEQUENINA, VAI!

- Sim, se não se importa eu gostava de tentar voltar adormece-la.

- NÃO, EU VOU JÁ EMBORA. JÁ VI QUE TÊM ALGUMAS COISAS QUE EU GOSTO MAS PASSO DEPOIS PARA COMPRAR.

 

Sim, de preferência quando a bebé não esteja cá ou quando tiver aprendido a falar mais baixo!

 

 

 

Agora, graças a cliente, tenho aqui a Leonor cheia de sono com uma birra de todo o tamanho 

24
Out18

Parem o mundo que eu quero sair!

Há coisas que eu não compreendo mas aceito. Há coisas que eu acho que não fazem qualquer sentido mas tolero. Mas há coisas que me fazem tamanha confusão que a única frase que me ocorre é mesmo "Parem o mundo que eu quero sair!"

 

Ontem à noite andava a vaguear pelo facebook quando me pareceu por lá um vídeo em directo de uma cliente da loja. Como ela tem uma filhota dois meses mais nova que a Leonor, acabei por ficar a ver um bocadinho.

Às tantas, a meio do vídeo, a cliente começa a filmar os outros filhos também. Até que aparece o filho mais velho - que não estaria com eles, suponho - a falar com eles através de comentários. Trocam meia dúzia de comentários amorosos que derretem qualquer um - "Gosto muito de ti, mano.", "Tenho saudades tuas...", etc - e, por mais que se queira desligar, acabamos por ficar a ver mais um bocadinho  Era mesmo um directo bastante ternurento e até estava a gostar de ver. Não fosse o que aconteceu depois:

 

Mãe: Meu amor - para o filho que estava a ser filmado - mostra ao mano as tuas cuecas!

 

Pára tudo! Ela estava a dizer a uma criança de 2 anos para mostrar as cuecas que estava a usar ao irmão, num vídeo em directo para o facebook? Onde não era só o irmão que estava a ver?!

 

Mãe: Mostra ao mano, amor! Mostra ao mano que já usar cuequinhas!

 

A criança, coitada, não tendo o discernimento de um adulto, faz, muito alegremente, o que a mãe lhe pede. Afinal era a mãe que estava a pedir...e era para mostrar ao mano que estava longe. Que mal teria?


No entanto, não tendo também a agilidade de um adulto, a criança não tira apenas as calças para mostrar as cuecas. A criança tira também as cuequinhas e fica completamente despido de cintura para baixo. Em directo no facebook...!

 

Agora, pergunta para queijinho: O que a mãe desta criança faz?

a) desliga o directo?

b) vira a câmara noutra direcção?

c) continua a filmar a criança nua?

 

Se responderam C parabéns, acertaram!

 

 

A mãe desta criança mantém o directo no facebook com a câmara apontada para a criança enquanto diz "Não é para mostrar a pilinha, amor. É para mostrar só as cuequinhas ao mano. Esconde a pilinha!"

 

E ir lá compor o menino? Não, claro que não! Filmar aquela situação é muito mais engraçado!

 

 

Volto a repetir: esta criança tinha 2 anos! E estava a ser filmado pela própria mãe em directo para o facebook para que qualquer um tivesse acesso ao vídeo!

 

Se isto não faz querer sair deste mundo de loucos, não sei o que fará! 

19
Out18

Quem manda é ela #10

A herdeira acordou as 3 da manhã. Decidiu que seria uma boa hora para ter uma longa conversa com o elefante que está estampado no cobertor do berço dela.

A conversa estava tão boa que durou até às 5h.

Depois de muito insistirmos com ela, lá deu a conversa por terminada e adormeceu no meu colo. Até às 7h.

 

 

Nós parecemos uns zombies ambulantes. Ela está fresca como se tivesse dormido a noite toda  Ela foi para a escolinha a bater palmas e a distribuir sorrisos por toda a gente que passava por ela. Nós trancamos a porta de casa com a outra chave por dentro  Assim que ela chegou à escolinha a educadora disse que a ia por a dormir um bocadinho para ela recuperar da noite agitada. Nós tivemos que vir trabalhar e aturar clientes "complicadas" 

 

Rezem pela nossa sobrevivência hoje, por favor 

 

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