Ele tira-me do sério #16
Dou um doce a quem descobrir porque é que o M deixou todas as pontinhas das batatas fritas na caixa
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Dou um doce a quem descobrir porque é que o M deixou todas as pontinhas das batatas fritas na caixa
- Menina, vou levar esta blusa à troca da que eu comprei ontem.
- Com certeza, não há problema. Onde está a blusa para troca?
- Está em casa. Não posso levar já esta e trazer a outra depois? É que esqueci-me dela em casa...
- Não. Eu preciso de ver se a outra tem todas as condições necessárias para poder troca-la.
- Ela está tal e qual como a levei daqui. Nem cheguei a tira-la do saco! Cheguei a casa e arrependi-me da cor e decidi troca-la, mas esqueci-me de trazê-la comigo quando sai.
- Pois, eu compreendo mas não a posso deixar levar esta sem pagar ou sem ter outra para troca. São ordens!
- Vocês só complicam! Eu não moro longe, estava de volta num instante mas levava já esta para não voltar carregada para casa.
- Lamento mas não posso mesmo deixa-la fazer isso!
O que é certo é que não a levou e foi embora supostamente para ir buscar a outra blusa. Contudo já se passaram 15 minutos e ainda não voltou.
Será que não mora assim tão perto ou pelo caminho pensou melhor novamente desistiu de fazer a troca?
Acho que a maior frustração do M é nunca ter conseguido - ou sequer tentado - ser piloto. As limitações de saúde - usa óculos e tem dentes chumbados - impediram desde cedo que seguisse o sonho de criança. No entanto nada o impede de continuar a acompanhar tudo o que vai aparecendo sobre o assunto, jogar em simuladores reais e, até pilotar avionetas de pequeno porte (sempre com um piloto extremamente experiente ao lado).
A mãe dele morre de medo que ele ande nestas aventuras mas eu, sempre que posso, e sei que é seguro para ele, tento que ele acompanhe de perto tudo o que há sobre o assunto. Não há nada melhor que ver o sorriso de felicidade dele sempre que está junto a aviões
Assim sendo, como o Red Bull Air Race voltou ao Porto, e eu até já tenho imensas saudades de ir passear um bocadinho ao norte, lá vamos nós rumo ao Porto todo o fim de semana.
Assim como assim, aproveita-se já para fazer este tipo de atividades porque quando a barriga crescer ainda mais ou o rebento nascer, já não vai haver muita coragem para isto
Imagem retirada daqui
Alguma vez vos aconteceu sentirem algum cheiro familiar onde é impossível esse cheiro estar? Sei lá, sentirem o cheiro a relva acabada de cortar quando estão na praia ou sentirem o cheiro a torradas acabadas de fazer quando estão na lavandaria? Quase como que um déjà vu do cheiro
Hoje aconteceu-me isso no caminho para o trabalho. Estava a conduzir, a meio caminho, quando me cheira a pão quente acabado de cozer. Estranho não é? Principalmente porque estava a passar por uma zona de fazendas e quintas agrícolas.
O que é certo é que o nosso cérebro é algo fabuloso e transportou-me de imediato para a minha infância. Para quando eu tinha uns 8 anos, talvez, e ia com os meus pais ao domingo de manhãzinha comprar pão ao ultimo padeiro de fabrico caseiro que havia na nossa zona.
O Sr fazia pão na arrecadação da casa dele - naquela altura não havia cá ASAE e éramos saudaveis e felizes mesmo assim - e ao domingo era dia de haver fila à porta do Sr para comprar o melhor pão das redondezas.
Lembro-me do Sr ter sempre um pacotinho de manteiga para quem quisesse tomar ali mesmo o pequeno almoço, enquanto o pão ainda estava quente. Lembro-me de a minha mãe trazer-nos sempre um bocadinho de pão, tão quente que mal o conseguíamos aguentar nas mãos sem nos "queimarmos". Lembro-me da minha felicidade com aquelas pequenas coisas.
Ao sentir o cheiro hoje de manhã, fui imediatamente transportada para essa época e as saudades foram imensas - as hormonas estão cá a fazer das suas, garanto-vos! - e, de repente, depois de já ter tomado o meu próprio pequeno almoço em casa, só me apetecia voltar a esse tempo e voltar a comer um bocadinho de pão quente com manteiga.