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Sábado foi noite de baile de gala para "milhentos" alunos.
O meu já foi a tanto tempo que já nem me lembrava como era. Só quando cheguei com o M ao café habitual e vi centenas de rapazes e raparigas vestidos - ou despidos - como se aquela fosse a última noite das suas vidas é que notei que havia festa. E logo ali, no pavilhão ao nosso lado.
Era vê-los em grupos a jurar amizade eterna. Todos agarrados uns aos outros a chorar como se não houvesse amanhã. Era vê-los a relembrar as aventuras na escola e prometerem que se vão encontrar muitas vezes durante as férias. Isto tudo, claro, se no dia seguinte se lembrassem de todas essas promessas.
Porque nos bailes de gala mudam-se as caras mas não se mudam os comportamentos.
Ainda não eram 23h e já andavam dezenas de adolescentes aos tombos pela rua. Já se viam ambulâncias a toda a velocidade a ir e voltar para aquele local. Já haviam dezenas de adolescentes com a festa estragada porque tinham que "tomar conta" de amigos que não souberam medir a quantidade de álcool que conseguiam ingerir.
Uma rapariga em particular ficou-me gravada na memória. Quando chegamos ao café ela já estava bêbeda. Tão bêbeda que eram precisas 3 amigas para a levar a braços. Tão bêbeda que tiveram que chamar a ambulância para tratar dela. Tão bêbeda que andou a mostrar o rabo (querida, devias ter-te lembrado que vestido e fio dental não são bons amigos!) por todo o café, por toda a rua, por todo o baile.
Naquele momento só tive pena dos pais daquela jovem. O orgulho que devem ter sentido por ela ter sido finalista e, tão pouco tempo depois, ela era apenas um corpo a ser arrastado pelo café por amigas que não conseguiram impedir que ela bebesse até perder os sentidos.
É isto que espera para a nossa juventude? Não, bebedeiras destas não são vistas apenas em jovens destas idades, no entanto, numa noite que deveria ser de diversão, qual é a necessidade de acabar assim?