O que eu gosto destas clientes...NOT! #19
- Eu vim aqui à hora de almoço. Eu vi a menina cá dentro, porque é que não me abriu a porta?
- Precisamente porque estava na hora de almoço!
- Oh, mas era uma coisa rápida. Podia ter aberto.
A sério?!
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- Eu vim aqui à hora de almoço. Eu vi a menina cá dentro, porque é que não me abriu a porta?
- Precisamente porque estava na hora de almoço!
- Oh, mas era uma coisa rápida. Podia ter aberto.
A sério?!
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Juro que acabou de passar uma Sra aqui à porta com um conjunto deste género!
Minha gente, ouçam-me que eu não duro sempre ( Calças de padrão pedem uma blusa lisa e calças lisas já podem conjugar uma blusa com padrões. Mas nunca - NUNCA! - se deve misturar dois padrões no mesmo conjunto. Para o bem dos nossos olhinhos, por favor! |
Mexem numa peça, inevitavelmente vêm a etiqueta com o preço e depois perguntam:
- Para que preço é isto?
OU
- É o preço que está aqui marcado?
Qual é a necessidade?! Estão à espera que eu diga que é um preço diferente? Alguém que me ajude porque não percebo mesmo
Agora, com as férias da escola, vê-se cada vez mais avós com netos pelas ruas. E, se alguns até dão gosto de ver por serem tão sossegadinhos. Outros até apetece repreender por toda a falta de respeito que assistimos Ainda agora, aqui na loja, houve um caso desses. E, acreditem, tive que me conter bastante para não ser eu a gritar com ele pela falta de educação!
A avó - que eu até achava que era uma pessoa bastante austera - trazia o neto (8 anos, talvez) com ela. A Sra queria umas calças. Eu dei-lhe o tamanho que ela pediu mas recomendei que provasse. A Sra ainda olhou duas vezes para o neto mas, como ele estava entretido com o telemóvel, concordou e foi para o provador.
- Santiago, a avó vai provar estas calças, porta-te bem! Não demoro nada!
Foi o pior que ela podia ter feito! Assim que a Sra disse essa frase, parece que despertou a criança da "hipnose" do telemóvel e, em menos de nada, tinha o rapaz a correr pela loja sem parar.
Uma vez que a Sra deixou a cortina do provador aberta, ia dando um olhinho e ralhando com ele. Sempre em vão. Até que ele foi para trás do balcão e queria começar a mexer nas coisas. Ai, entrei eu! Numa primeira vez disse-o num tom suave:
- Querido, ai não.
Como não serviu de nada, a foi a vez da avó repreende-lo.
- Santiago, sai já dai!
- Shiu! - respondeu-lhe ele.
Shiu?! Como é que alguém de palmo e meio tem o descaramento de mandar a avó calar-se?!
- Querido, já disse que não podes estar ai! - disse eu num tom mais autoritário.
Provavelmente, como foi repreendido por uma estranha, isso gerou-lhe alguma vergonha e lá acabou de sair do balcão calado e sossegado. Contudo, infelizmente, foi sol de pouca dura. Logo que se viu ao lado da avó começou a puxar a cortina do provador para fechar. A avó, como voltou a ralhar com ele, recebeu mais um "Shiu!".
A Sra deve ter visto a minha cara de incredibilidade e ainda tentou desculpa-lo:
- Sabe, ele esteve agora uma semana com o tio. Lá deixam-no fazer tudo e depois fica assim. Até a mãe se queixa.
Eu juro que sou contra a violência, mas digam lá se não era uma palmada bem dada naquele rabo? Quando era da idade dele levei duas ou três e só me fizeram bem!