A uns dias, ao tentar inclinar um pouco o banco do condutor do meu carro, não consegui. A roda de ajustamento bem que rodava, mas o banco não mexia nem um milímetro.
Raios, tinha logo que se estragar bem numa posição tão direita que faz parecer que engoli um pão de vassoura!
Cheguei a casa e queixei-me ao M que a rodinha (nome técnico lá em casa) se tinha partido. Ele, dramático como sempre, começou logo a reclamar que tinha partido era o banco do carro e que agora tinha que o substituir e blá blá blá. Mas mexer uma palha para resolver a situação era mentira.
Hoje de manhã - em cima da hora de eu sair para vir trabalhar - começa a lembrar-se que no fim de semana tem que ir a Lisboa fazer compras aqui para a loja e é impensável conduzir o carro com aquela posição do banco por causa do problema dele das costas.
- Já falaste com o mecânico para ver o que se passa com aquele banco?
- Não.
- Estás a espera de quê? Eu não posso conduzir aquilo assim até ali ao shopping, muito menos para Lisboa no pára-arranca!
- Eu já te disse a dois dias, agora que eu estou em cima da hora é que te lembras?!
Dito isto pego no telemóvel para ligar ao mecânico, já chateada porque estava mesmo a ver o fim a esta história. O mecânico diz-me que não há-de ser nada de grave por isso podia deixar lá o carro que ainda hoje ele via.
Assim que digo isto ao M, ele começa logo a arrumar as coisas a pressa para sair comigo e irmos deixar o carro na oficina.
- Vamos lá hoje?
- Claro!
- Já viste as horas? Eu já estou atrasada e depois ainda tenho que te deixar no trabalho...no meio da hora de ponta de Torres!
Mas dizer isto ou estar calada foi o mesmo. Em menos de nada já estava no transito infernal das 8.30h.
Escusado será dizer que cheguei ao Cadaval quase 10 minutos atrasada porque tive que vir com o carro dele - Hyundai Accent de 98, a gasolina - que não estou habituada a conduzir e que estava na reserva.
Agora é rezar para que não seja mesmo nada de grave. E que seja rápido! Porque - tal como a casa - não há nada como o nosso carro!